segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Para maiores de 18 anos por favor.

o espaço não era dos maiores. nem dos melhores. mas era único. suficiente para que o ar me fizesse estremecer. quando ele parou ali. senti um misto de tudo que me eleva. preferi ficar calada. ver no que ia dar. ele segurou minhas mãos. depois soltou meus cabelos. minha nuca, pescoço, mamilos, arrepiados. ele tirou meus brincos, pequenas imitações de pérolas baratas e douradas. sorriu. eu sem jeito continuava parada com respiração ofegante. ele abaixou uma das alças do meu vestido. eu prendi o pouco ar que sobrara. ele deslizou seus lábios, barba, lingua sobre meus ombros. eu ja não respondia com o olhar. meus olhos se fechara. com uma das mãos segurou meu cabelo. com a outra colocou-me em seu colo. grandes mãos. enorme força. rápido o suficiente. eu abrira a boca. amoleci. suspirei profundamente. ele sorria com os olhos e me beijava a boca. eu não conseguia pensar em nada. ele fez por ele e por mim. a música era forte. lembro de guitarra alta, baixo ensurdecedor. eu saí do ar. ele beijava meus seios. o suor nas minhas costas desciam sem cessar. eu gemi baixo. ele me apertou forte. minha saia ja não era mais saia. o que sufocava e preenchia ja não era mais ar. ele segurou minha cabeça, mordeu minha orelha, pescoço e colo. eu sorria com a alma e ele me comia sem colher.

Noh

domingo, 23 de setembro de 2012

Sábado as 02:54

De tudo tenho a incrível sensação que não morri pra vida e que nada, nada mesmo e muito menos alguém é capaz de tirar o que tenho. Foi bom, foi ótimo, e caminho sem cessar rs.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Do rosto vermelho

Ele me agarrou pelos cabelos e roçou a barba no meu rosto,
e pela primeira vez eu fiquei sem reação, somente com vontade
e gosto de mar.

Noh

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Violar o que não se tem

Hoje brinquei de entrega, queria tudo de longe, queria aguçar o que escondo, brinquei de ser palavras. Hoje quis entrar de forma aberta, boca aberta, morna, agressiva, mas eu quis de longe, quis brincar de envolver, mas nada de olhar. Hoje fiz de conta ser, fiz de conta ter e no final, na reticências dos espaços, tive pena de mim e da terra que joguei fora apenas por ter medo de florir.

Noh Gomes

sábado, 15 de setembro de 2012

Insônia das 04:32

Já bati por querer, já dei muito murro em ponta de faca, já nadei contra a maré e o único resultado foi muita dor nos braços, já briguei por muito pouco, já sofri por muito menos, já chorei atoa e já deixei de ser um Todo por pura preguiça em continuar tentando.
Já tive crises de ansiedade, hepatite A e até toxoplasmose, já perdi muito por não ser firme e já ganhei muito também por ser transparente, já falei demais, já tomei porres fenomenais, já fiz coisas das quais me arrependi por anos, já paguei micos que me renderam amizades eternas, já grite com Deus, já fiquei até de mal dele, já me fechei por inúmeras vezes, já escrevi noites inteiras e já bailei comigo mesma incontáveis vezes. Eu já fui muito, já fui várias, já me encontrei e me perdi várias vezes, mas tem algo, uma única coisa que sempre continua e isso nunca vai mudar, a minha incrível facilidade em ser alegremente leve, fluida e de sorriso frouxo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Aviso aos que sentem a flecha

Nem todas as palavras que exponho tem alvo, nome ou endereço, mas como eu ja disse a um tempo atrás, a culpabilidade é feito carapuça, veste quem quer.

Noh

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Calado os cacos voltam


Olha eu devia ter dito. cara você esta errado. eu não fiz de caso pensando. eu nem pensei pra falar a verdade. eu nunca quis algemas. sempre quis asas. cara você é um estúpido. e não. eu não sou nada do que você disse. pelo contrário eu sou gigante nesse seu mundo pequeno. e não eu não colei meus cacos e sai por ai. eu os juntei e os coloquei numa velha e boba caixa de madeira. joguei na bosta daquele armário velho. sim aquele mesmo. que fica naquela última porta. do ultimo corredor. aquele lugar que eu não vou e não quero ir mais. joguei pela porta mesmo. tranquei e sai correndo. nem olhei pra trás. afinal eu tinha aquela roupa de super heroína pra vestir lembra? pois bem cara. deu tudo errado. eu não consegui ficar muito tempo com a fantasia. claro que não ia dar certo. tenho defeitos e como tenho. mas não sou hipócrita e aquilo me apertou os pulmões. custei. tive que rasgar. pegar tesoura e picotar. sim. eu me machuquei por várias vezes e em quase todos os lugares. mas não sobrou nada. nem um pedaço vermelho de roupa boba. você me disse em letras garrafais o quanto eu era insignificante e o quanto eu fui besta ao chorar na sua frente. pois é eu fui mesmo. mas eu precisava ser. eu amei de forma errada. adoeci o que não se pode. o que não se deve. nisso ai você tem razão de sobra. eu olhei você e não a mim. eu me perdi e realmente me fudi. mas sabe. sabe bem de uma coisa. eu botei janis pra tocar. ela gritou. berrou nos meus ouvidos. falou alto. vai lá menina. você é boa. então eu fui. abri a porta. peguei a caixinha e joguei todos os cacos no chão. estavam do mesmo jeito. ainda sangravam. o cheiro de podre exalou. tinha dor pra todo lado. mas porra cara. é tudo meu e eu vou colar tudo. um a um. vou cantar todos. vou dançar. acender fogueira e bendizer meu nome. e demore o que for. demore vidas. mas eu não ligo. eu vou voltar. mas eu vou voltar mesmo.

Noh

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Good Byeeee

Hoje desfaço muitos laços feitos a séculos atrás, peço perdão e perdoo. A vida é um giro completo e quero fazer o meu giro sem laços pesados e amarras sem sentido. Liberto e me sinto livre.

Noh Gomes

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Infinito

Por hora o que sei de mim é meu nome herdado,
do resto ja nada posso falar, experimento então e
no lugar do enjoo e desespero por tudo girar incansavelmente,
giro junto e deixo a roda viva do mundo se entregar.

Noh